segunda-feira, 24 de setembro de 2007

As cruzadas



Introdução



As Cruzadas são tradicionalmente definidas como expedições de caráter "militar" organizadas pela Igreja, para combaterem os inimigos do cristianismo e libertarem a Terra Santa (Jerusalém) das mãos desses infiéis. O movimento estendeu-se desde os fins do século XI até meados do século XIII. O termo Cruzadas passou a designá-lo em virtude de seus adeptos (os chamados soldados de Cristo) serem identificados pelo símbolo da cruz bordado em suas vestes. A cruz simbolizava o contrato estabelecido entre o indivíduo e Deus. Era o testemunho visível e público de engajamento individual e particular na empreitada divina.

Partindo desse princípio, podemos afirmar que as peregrinações em direção a Jerusalém, assim como as lutas travadas contra os muçulmanos na Península Ibérica e contra os hereges em toda a Europa Ocidental, foram justificadas e legitimadas pela Igreja, através do conceito de Guerra Santa -- a guerra divinamente autorizada para combater os infiéis.

"Para os homens que não haviam se recolhido a um mosteiro, havia um meio de lavar suas faltas, de ganhar a amizade de Deus: a peregrinação. Deixar a casa, os parentes, aventurar-se fora da rede de solidariedades protetoras, caminhar durante meses, anos. A peregrinação era penitência, provação, instrumento de purificação, preparação para o dia da justiça. A peregrinação era igualmente prazer. Ver outros países: a distração deste mundo cinzento. Em bandos, entre camaradas. E, quando partiam para Jerusalém, os cavaleiros peregrinos levavam armas, esperando poder guerrear contra o infiel: foi durante essas viagens que se formou a idéia da guerra santa, da cruzada".

O movimento cruzadista foi motivado pela conjugação de diversos fatores, dentre os quais se destacam os de natureza religiosa, social e econômica. Em primeiro lugar, a ocorrência das Cruzadas expressava a própria cultura e a mentalidade de uma época. Ou seja, o predomínio e a influência da Igreja sobre o comportamento do homem medieval devem ser entendidos como os primeiros fatores explicativos das Cruzadas.

Tendo como base a intensa religiosidade presente na sociedade feudal a Igreja sempre defendia a participação dos fiéis na Guerra Santa, prometendo a eles recompensas divinas, como a salvação da alma e a vida eterna, através de sucessivas pregações realizadas em toda a Europa.

O Papa Urbano II, idealizador da Primeira Cruzada, realizou sua pregação durante o Concílio de Clermont rompida com a separação da Igreja no Cisma do Oriente, o Papa assim se dirigiu aos fiéis: " Deixai os que outrora estavam acostumados a se baterem impiedosamente contra os fiéis, em guerras particulares, lutarem contra os infiéis. Deixai os que até aqui foram ladrões tornarem-se soldados. Deixai aqueles que outrora bateram contra seus irmãos e parentes lutarem agora contra os bárbaros como devem. Deixai os que outrora foram mercenários, a baixo soldo, receberem agora a recompensa eterna. Uma vez que a terra onde vós habitais, é demasiadamente pequena para a vossa grande população, tomai o caminho do Santo Sepulcro e arrebatai aquela terra à raça perversa e submetei-a a vós mesmos".

A ocorrência das Cruzadas Medievais deve ser analisada também como uma tentativa de superação da crise que se instalava na sociedade feudal durante a Baixa Idade Média. Por esta razão outros fatores contribuíram para sua realização.

Muitos nobres passam a encarar as expedições à Terra Santa como uma real possibilidade de ampliar seus domínios territoriais.

Aliada a esta questão deve-se lembrar ainda de que a sucessão da propriedade feudal estava fundamentada no direito de primogenitura. Esta norma estabelecia que, com a morte do proprietário, a terra deveria ser transmitida, por meio de herança, ao seu filho primogênito. Aos demais filhos só restavam servir ao seu irmão mais velho, formando uma camada de "nobres despossuídos" -- a pequena nobreza -- interessada em conquistar territórios no Oriente por meio das Cruzadas.

Cruzadas das crianças

RISTÃOS, MUÇULMANOS E JUDES SOBRE A TERRA SANTA (JERUSALEM)


Cristãos
Os cristãos veneram Jerusálem porque foi nessa cidade que Jesus viveu parte de sua vida. Nelaele também morreu, foi sepultado e subiu ao céu.

Muçulmanos
Psra os muçulmanos, a cidade de Jerusálem também era consideradaum lugar sagrado, pois, segundo sua crença, foi de uma rocha situada no coração desa cidade que Maomé subiu ao céu.

Judeus
Os judeus consideravam Jerusálem a cidade do Rei Davi, onde foi constuídoo templo sagrado
para guarda a Arca da Aliança, sinal de únião entr Deus eos judeus.

A CRUZADAS DAS CRIANÇAS

Jerusalém tornou-se uma lenda na Europa.Após a retomada da cidade pelos muçulmanos,em 1187 difundiu-se a crença de que apenas os puros de esírito poderiam devolvê-la aos cristãos.Essaidéia foi responsável pelo aparecimento de diversos movimentos populares ao longo do século XIII.Os primeiros ocorreram em 1212,conduzidos por um jovem pastor nascido na França,chamado Estêvão de Cloies e por um garoto de apenas 12 anos nascido no Império Germânico,chamado Nicolas de Colônia.Ambos partiram em peregrinação a Jerusalém,seguidos por uma multidão de crianças de ambos sexos.Os que partiram da Franaça foram enganados por mercadores de Marselha que,em vez de transportá-los pelo mar Mediterrâneo e os levarem ao Oriente,venderam-os como escravos a mercadores muçulmanos.Os seguidores de Nicolas chegaram até Roma,e lá foram convencidos pelo papa Inocêncio III a retornar aos seus lares.

2 comentários:

Matheus Cuti disse...

que legal esse site me ajudou muito no meu trabalho :D

Unknown disse...
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